Biografia Simoni

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“Brincar de aulinha” foi minha brincadeira predileta na infância, entre outras estripulias de quem tem quintais e irmãos. Ainda hoje amo dar aulas, e são elas que me movem entre as duas profissões que escolhi.
Com mercúrio regente e um meio do céu em Gêmeos no mapa astral, difícil seria ter uma profissão só… Mas fazer escolhas tendo tantas possibilidades, não é também fácil: eu desisti de tentar ser professora-pedagoga, para cursar a Psicologia (bem orientada que fui por meu pai), o que me abriu um leque mais amplo de atuação. Ao mesmo tempo, não podia deixar de lado a Arte (bem vivida e exemplificada pelas belezuras feitas por minha mãe, tia e avó), minha aliada a vida toda. A dúvida aí foi entre o Design (no século passado chamado de Comunicação Visual) e as Artes Plásticas; preferi o primeiro, mais prático. 

Iniciei as duas faculdades pensando em escolher uma delas, mas decidi levar as duas até o final, e é com uma terceira profissão, união das duas formações, que trabalho desde então. 

Essa união da Psicologia com Arte me levou a cursos da Gestalt, Psicologia Junguiana, Psicologia Sistêmica e me fez relacionar o desenvolvimento do ser humano com suas várias expressões artísticas, saudáveis e patológicas. Mas faltava ainda algo que não tendesse para o determinismo (genético ou comportamental) da maioria das correntes da Psicologia, nem para as múltiplas (e às vezes caóticas) possibilidades da Arte. Faltava algo no “meio”, que possibilitasse uma real mudança do ser humano, através de uma escolha consciente, e que fosse além da escuta psicológica e além da catarse artística.

Esse algo eu encontrei na cosmovisão de Rudolf Steiner, que veio confirmar toda a educação sutil que eu recebi e busquei ao longo dos anos. Ao fazer os cursos da Antroposofia (Arte & Ciência, Curso Básico, Formação em Pintura, Pedagogia Terapêutica, módulos avulsos do Extra-Lesson, entre outros) eu pude trabalhar, de forma muito mais viva, com o supra-sensível na terapia.

Mas posso afirmar que foi o encontro com as pinturas e a terapêutica de Liane Collot d’Herbois, em 2010, através da prof. suíça Bernardette Golmer, que me fez ter certeza que a união Psicologia-Arte-Antroposofia é verdadeiramente meu caminho, não só como terapeuta, mas como pessoa inteira, com toda a Luz, a Escuridão e as Cores que essa abordagem me fez compreender. 

Passei os anos de 2014 a 2017 indo à Holanda duas vezes por ano fazer a formação em Pintura Terapêutica Antroposófica no Emerald Foundation. Aprimorei minha forma de cuidar dos meus pacientes e dos meus afetos. 

Muitos cursos? Sim, muitos… Mas também muito trabalho, muita prática, muitas viagens, muitas aulas ministradas pelo Brasil afora e, sobretudo, muita experiência com a vida! A minha vida, a vida da minha família, dos pacientes, dos alunos, dos parceiros, dos colegas de profissão e dos amigos do esporte… Cada vida que se trança na minha é um presente, às vezes fácil e gostoso de receber, às vezes um desafio a vencer, mas sempre um colorido a mais, uma textura diferente, uma nova trama nas urdiduras que escolhi tecer. E a cada novo pedaço tecido, mais entusiasmo e mais gratidão!

Que a caminhada seja ainda longa e leve, assim espero. Porque, como dizia Quintana: “Nada como um pé depois do outro”. E outro, e outro, e outro…