“Brincar de aulinha” foi minha brincadeira predileta na infância, entre outras estripulias de quem tem quintais e irmãos. Ainda hoje amo dar aulas, e são elas que me movem entre as duas profissões que escolhi.
Com mercúrio regente e um meio do céu em Gêmeos no mapa astral, difícil seria ter uma profissão só… Mas fazer escolhas tendo tantas possibilidades, não é também fácil: eu desisti de tentar ser professora-pedagoga, para cursar a Psicologia (bem orientada que fui por meu pai), o que me abriu um leque mais amplo de atuação. Ao mesmo tempo, não podia deixar de lado a Arte (bem vivida e exemplificada pelas belezuras feitas por minha mãe, tia e avó), minha aliada a vida toda. A dúvida aí foi entre o Design (no século passado chamado de Comunicação Visual) e as Artes Plásticas; preferi o primeiro, mais prático.
Iniciei as duas faculdades pensando em escolher uma delas, mas decidi levar as duas até o final, e é com uma terceira profissão, união das duas formações, que trabalho desde então.
Essa união da Psicologia com Arte me levou a cursos da Gestalt, Psicologia Junguiana, Psicologia Sistêmica e me fez relacionar o desenvolvimento do ser humano com suas várias expressões artísticas, saudáveis e patológicas. Mas faltava ainda algo que não tendesse para o determinismo (genético ou comportamental) da maioria das correntes da Psicologia, nem para as múltiplas (e às vezes caóticas) possibilidades da Arte. Faltava algo no “meio”, que possibilitasse uma real mudança do ser humano, através de uma escolha consciente, e que fosse além da escuta psicológica e além da catarse artística.